Cerca de um ano e meio atrás, em um meme do coletivo LuluzinhaCamp, propus-me realizar dois objetivos, a curto e a longo prazo. Um deles relaciona-se à vida pessoal e à necessidade de liberdade para trabalhar em algo brilhante.
A primeira meta foi atingida. Decidi aposentar-me de vez do serviço público e estar totalmente livre para me dedicar a meus projetos de não fazer nada e tudo fazer. A sensação é meio estranha. Tenho vontade de fazer tantas coisas e às vezes me surpreendo correndo contra o tempo. De repente me lembro de que não há mais pressa e, então, relaxo.
Fazer algo brilhante
Para fazer algo realmente brilhante, é essencial gostar muito do que fazemos. Tenho me dedicado a meu projeto brilhante – o Roda de Leitura, com mais afinco. Palavra estranha, não? Pois saibam que “afinco” está na lista top 10 das palavras mais pesquisadas em 2013 no Brasil.
Fazer algo brilhante é realizar sua atividade com simplicidade e capacidade de resolver problemas reais. Pensando nisso, expandi o projeto a um público mais abrangente, e tenho apresentado rodas de leitura para adultos, jovens e crianças, em ambientes diversificados, como escola, empresas e eventos.
Seja brilhante. Se não for para fazer algo brilhante, não faça. Sua motivação tem que ir além de dinheiro, tem que ser a excelência. (Simon Collins)
Nem todas as minhas apresentações de rodas de leitura visam ao lucro financeiro. Realizo algumas gratuitamente para proporcionar às pessoas o prazer que a leitura desencadeia. Isto é enriquecedor. Há a possibilidade de um retorno mais adiante, pois estas apresentações combinam entretenimento e networking, mas esta não é a motivação principal.
Há, ainda, uma extravagância brilhante que venho adiando. Quero viajar para uma cidade bem pitoresca e me hospedar por lá, algum tempo, apreciando a natureza e a vida cultural. Ainda estou comprometida com alguns contratempos, mas, esta meta não sai de minha lista. Não é sonho. É plano. Registrem.
E você, que algo brilhante tem realizado ou tem em mente para realizar?
Imagem: JD Hancock
Já tinha o gosto da leitura; agora, na maturidade, descobri o prazer da escrita. Não sei se é brilhante, mas é o que mais gosto de fazer depois da leitura. E procuro fazer o melhor dentro das minhas limitações. Bom final de semana.
João Antônio,
Pelo que tenho lido de seus textos, sua escrita é, sim,brilhante.Traz prazer a você, que gosta de escrever, e aos leitores, que apreciam teus textos.
Abraço, garoto
Costumo me empenhar em quase tudo o que faço, mas nem sempre o resultado é o que espero. Pode faltar paciência, conhecimento ou simplesmente não ser o momento ideal. Mas quando insisto e luto, o resultado é satisfatório.
Noutros momentos, gosto de pensar que não tenho que ser o melhor nada, apenas relaxar e viver. Um copo de vinho, um banco de praça e observar a vida.
🙂
Allan,
Às vezes quero a segunda opção também. Relaxar e ver a vida passar pode ser uma experiência enriquecedora. Depende do ponto de vista.
Abraço, garoto
Oi, Denise!
Fazer algo brilhante e que não envolva dinheiro? Eu tenho um projeto de fotografar o céu durante os 365 dias do ano, no mesmo horário e lugar… está difícil. Já perdi 3 dias nesse ano. Realizar coisas simples e com disciplina é ramerrame… 😀
Luma, prazer e dever, nem sempre caminham juntos. Prazos e metas precisam ser maleáveis. Gostaria de ver suas fotos. Estão publicadas?
Beijo, menina
Oi, Denise!
Deixei o tripé montado para que a foto seja batida sempre na mesma posição, Posso programar a máquina, mas as vezes esqueço, assim como de carregá-la. Parece que os meus 365 dias não será de um único ano! Não publiquei na internet ainda e se o fizer, farei de uma só vez!
Beijus,
Então vamos de novo, porque eu fui a primeira a comentar e acabou não entrando (e claro que já não lembro mais o que escrevi).
A minha questão é: o que é brilhante? porque tem que ser brilhante e não preto fechado? Acho que essa coisa do “tem que ser brilhante” muito perigosa. Vivemos numa sociedade em que o erro é escondido, feio, bobo… E é com o erro que a gente aprende, faz mudanças importantes, produz diferença.
Outro dia tive uma longa conversa sobre os jovens que não experimentam nada, seguem roteiros prontos – feitos pelos seus pais, cumprindo as expectativas de fora. Eu tenho a intuição de que isso é resultado de duas falácias que estão no seu texto: ser brilhante e fazer o que gosta.
(Sim, acho que a gente tem que fazer o que gosta, mas não só. É bacana também aprender a fazer o que não gosta- sem sofrer, de preferência…)
Acho que era isso. Meus dois cents
Lu, bem pensado. Por que tem de ser brilhante? Porque nos faz bem. Passamos a vida fazendo o que nos é imposto. Quando temos a oportunidade de fazer algo que realmente queremos, por puro prazer, não por dever, isto nos traz satisfação. A este brilho que me refiro. Já ouviu alguém dizer: “quando me aposentar vou fazer isto ou aquilo.”? Então, é isso!
Beijo, menina
[…] minhas aulas de Literatura. Logo iniciei o Projeto Roda de Leitura, com meus alunos. Mais tarde, expandi o projeto a um público mais abrangente, adultos, jovens e crianças, em ambientes diversificados, como escola, empresas e […]