“Sei que canto.
E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
– mais nada.” (Cecília Meireles)”
Qual teria sido, exatamente, o momento em que começamos a escrever nossos próprios textos?
Somos todos escritores?
De certa forma, sim.
Não escritores como os gênios que nos inspiram; todavia, tendemos a copiá-los. Simplesmente porque todo o aprendizado do ser humano é baseado na imitação. Aprendemos a andar, falar, sorrir imitando os adultos.
Ao ler Graciliano, por exemplo, percebemos a influência de Eça. O próprio Graciliano reconhecia que é na imitação, na influência, muitas vezes despercebida, que aprendemos, que criamos nosso próprio estilo.
Quem me inspira
Cecília e Clarice me inspiram a escrever.
Aquela, inspira-me a refletir sobre a fugacidade da vida e a importância de vivê-la intensamente. E sigo, transformando tempestades cotidianas em paixão pela vida. Drang!
E Clarice inspira-me a escrever impulsivamente sobre o que sinto, quando as idéias vão surgindo aos borbotões e transformam-se em palavras. Sturm!
Inspiração ou imitação (não plágio, entendam) nos leva a escrever para interagir com o pensamento do outro. O bom escritor é aquele que deseja compartilhar conhecimento e ensinar. Escrever para os outros é de uma generosidade sem tamanho.
“Todo mundo começa imitando alguém. É na vida. É nas artes. Não há mal nenhum. A leitura de um livro empolgante desperta o imediato desejo:
– Eu gostaria de escrever assim.” (Assis Brasil)
E quanto a você, que escritor ou escritora são sua inspiração para criar seus próprios textos? Conta para nós!
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