Como me sinto sobre envelhecer?
Embora possa parecer estranho, gosto desse processo pelo qual estou passando. Em minha mente e nas experiências diárias.
A idade madura permite uma crescente reflexão sobre o que é bom, útil, necessário e realmente importante.
Tenho aprendido a criar relacionamentos mais profundos com as pessoas. Não com todas as pessoas, mas apenas com aquelas que realmente importam em minha vida.
Minha percepção da vida se amplia a cada dia. Eu observo as coisas mais atentamente e me importo mais profundamente com o que vale a pena.
Eu estou consciente de que as coisas acabarão.
Não me preocupo com quanto tempo eu tenho, mas com o que posso fazer nesse tempo de que disponho.
Estou menos impulsiva e mais reflexiva. Penso, antes de tomar alguma atitude. Ouço a opinião alheia, silenciosamente, e não me esforço para defender a minha. Sabedoria e silêncio tem sido meu lema. E me importo menos com o que as pessoas pensam de mim.
Aprendi, ao longo dos anos, que sofrer por antecipação não impede que algo ruim aconteça. Não me conformo com a dor da perda, nem com o sofrimento provocado pela doença e pelos problemas cotidianos. Mas sei que não posso evitá-los. Então, não sofro antes.
Com a idade, as expectativas são menores.
Fazer planos é uma escolha, não uma obrigação. Aprendi a fazer o que quero. Mesmo tendo de cuidar de outras pessoas, não abro mão de cuidar de mim também.
Aprendi a conviver com as perdas e com os ganhos.
Não sei quantos anos ainda tenho à frente. Mamãe partiu, semana passada, aos 83 anos. Meu filho se foi antes dos vinte. Meu marido, aos 42 anos. Papai já completou os noventa. Tudo é tão relativo e imprevisto em nossa vida.
Agora é o momento em que eu realmente posso pensar em mim. Em minhas paixões e em meus objetivos para uma vida feliz, saudável e independente.
O amanhã nunca vem. Cada dia é um novo hoje. “Alegremo-nos e regozijemo-nos nele”.
Há duas formas de envelhecer; a física e a psíquica. Se temos saúde, envelhecer não causa ansiedades e podemos usar da experiência para simplificar a vida. Veja que até nas palavras as pessoas mais velhas são parcimoniosas. O importante agora é cuidar bem de si e ser um pouco mais egoísta, isso não quer dizer, não se importar com os outros, mas apenas se colocar em primeiro lugar. Beijus,
Luma, até para cuidar de si mesmo é um aprendizado. Estou engatinhando nele. Mas, vamos em frente.
beijo, menina
Tenho acompanhado seus posts e espero sinceramente, envelhecer com a sua cabeça. Aos 45 ainda tenho pressa, ainda tenho planos, mas ja conclui que algumas coisas nao precisar ser do jeito que penso. Eh um aprendizado continuo e pra sempre, enquanto estivermos aqui. Beijos Denise!
Claudia, aos 45, ainda há muito chão pela frente. Permita-se mudar de ideia quantas vezes forem necessárias. O aprendizado nunca termina.
beijo,menina