Ontem bateu aquela vontade enorme de comer um bolo caseiro. Daqueles fofinhos, com a massa bem clarinha, de textura tão leve que derrete na boca.
Bastou me ouvir falar sobre isso e a Princesinha cobrou: “Não vai fazer bolo, não,vó?”.
Nunca dei sorte nesta arte de fazer bolos. Sempre sai algo errado. Ou o bolo fica duro, ou o bolo fica solado.
Apelei pra filha. Estava estudando para as provas da Faculdade. Não tive escapatória. Fui fazer o bolo.
Minha ideia inicial era um bolo fofinho, caseiro, clarinho, daqueles tradicionais, sabem? Como este da foto ao lado, do livro de receitas da Léia.
Entretanto, a Filha e a Princesinha sugeriram um bolo de banana para aproveitar as que já estavam maduras. Muito bem. Seria um bolo de banana com calda caramelizada.
Seguimos a receita à risca. A Princesinha cortou as bananas e a filha fez a calda caramelizada. Eu preparei a massa. Deveria dar tudo certo. O bolo deveria ficar maravilhoso. Deveria…
Cheiro de queimado no ar
Havia muita quantidade de massa de bolo para o tamanho da forma. O resultado? O bolo transbordou na chapa do forno, esturricou e queimou. A casa ficou empesteada com o cheiro de queimado! A fumaça já subia pela cozinha. A qualquer momento, eu imaginava, ouviria a sirene dos bombeiros, chamados por algum vizinho apavorado com a fumaça e o cheiro de queimado.
Tentamos medidas paliativas para diminuir o cheiro de queimado insuportável. Colocamos um punhado de cravos da Índia para ferver e um recipiente com bicarbonato de sódio para absorver o odor. Spray perfumados serviram para disfarçar. Não resolviam totalmente.
No dia seguinte, o cheiro ainda era bem forte. Tentei algumas rodelas de cebola na água. Li que também ajudam a dissipar o cheiro de queimado. Francamente, não sei se foram as infusões de cravo, as rodelas de cebolas ou o bicarbonato de sódio que diminuíram o odor de queimado, ou se as nossas narinas se acostumaram com ele.
Bolo, pudim ou torta?
Querem saber o que restou do bolo dentro da forma? Aquele que não havia transbordado?
No primeiro momento, quando a parte derramada começou a queimar, meu ímpeto foi jogar tudo fora. Depois, olhei para aquele desperdício de material e resolvi limpar a grelha do forno para tirar as partes queimadas. Uma dica boa é jogar sal na parte que derramou na chapa do forno para interromper a queima. Assim, fica bem mais fácil soltar a crosta .
Recoloquei o bolo no forno. A esta altura, eu já esperava um bolo solado.
O bolo, novamente no forno, ensaiava transbordar. Acho que coloquei bicarbonato de sódio demais. Desta vez, fui esperta: coloquei a forma dentro de um tabuleiro vazio para receber a parte que, com certeza, voltaria a transbordar. Não deu outra: transbordou! Enfiei um macarrão furadinho na massa do bolo. O vapor saiu e o bolo murchou. Joguei sal na parte derramada para não queimar. Desta vez, não queimou.
Esperei assar até o fim. Esperava um bolo solado ou algo parecido. Depois de assado, o bolo se transformou em um saboroso pudim de banana (ou seria torta?). Ficou com uma aparência muito feia. O sabor, entretanto, é delicioso!
Ao final do desastre na cozinha, não foi de todo o prejuízo.
Agora, resta-nos esperar o cheiro de queimado entranhado na casa desaparecer.
E você? Tem alguma aventura desastrosa na cozinha, com final feliz, para me contar?
Adorei!!! Deu até vontade de comer um pedaço, afinal o acaso na cozinha deixa coisas mais gostosas. Um colega meu pediu que fizesse uma moqueca. E ele comprou salmão!!! hahaha como é um peixe que tem gordura não fica gostoso com dendê. Me virei com o que tinha e saiu um salmão com peixe de coco de se fartar!! https://www.instagram.com/p/5Xy334SdSc/
Adorei, obrigada pela referência…. 🙂 bjssss e boa semana